segunda-feira, dezembro 02, 2013

MIJENDELLOOP - 2013


A corrida de Mijendel é das corridas mais belas que eu faço aqui na Holanda. Uma corrida de 25 km, numa área protegida, e feita ao despertar da manhã ( 08;00 h). Já participei nela três vezes e sempre que puder lá estarei. Tem uma condicionante, e boa, é que não participam mais de 250 atletas, dado que naquela área protegida não é permitido mais.  São os bandos de patos, as cavalos e bisontes selvagens, os animais que encontramos durante a corrida.

Este ano a corrida, em termos competitivos não me correu nada bem. E quando foi por volta dos 10 km, “desliguei” o meu piloto automático, pois havia qualquer sinal a dizer-me que para não forçar, e lá fiz os restantes 15 km em forma de treino, e sem sofrer nada terminei esta linda prova.
No final esperava-nos uma bela tarte de maçã com chantili, com um cafezinho bem quentinho, proporcionado pela organização, com uma bela shirt como recordação.
2 horas ; 14 minutos e 39 segundos, foi o meu tempo final, no ano passado fiz abaixo das 2 horas, mas estou muito feliz com este resultado.




Mais fotos da MIJENDELLOOP


ZEVENHEUVELENLOOP 2013


Várias participações eu já tive nesta prova. Desta vez a Amélia não esteve comigo por motivos profissionais. É sempre com muita satisfação que participo nesta prova, apesar de ter muitos participantes ( cerca de 25.000), mas tem duas coisas que eu gosto muito. A organização é impecável, e a região onde são corridos estes 15 km, é de uma beleza fantástica.

Uma das coisas que é muito bem organizada nesta corrida é a questão das partidas. No entanto no ano passado a organização já tinha feito uma primeira experiência inovadora com a partida dos 25.000 atletas, e foi feliz na sua opção. Os blocos previamente definidos, vão sendo “soltos” muito lentamente e cerca de 30 metros antes da linha de partida, são colocadas duas grades que distanciam só uns escassos 5 metros, em forma de relógio de areia, a fim de reterem a onda de atletas, o que depois surte um efeito de menos atletas espalhados na partida e é como se fosse uma partida de uma corrida sem muitos participantes, e cada um entra imediatamente no seu ritmo de corrida e não existem atropelos. Apesar de ser uma partida morosa,  a totalidade dos 25.000 participantes leva cerca de 1 hora a iniciarem a corrida, mas dá para ter uma boa corrida dentro das possibilidades de cada um.

A minha corrida decorreu bem. Senti-me em boa condição física deu para controlar as várias subidas e descidas e ter uma prestação, que serviu para bater o meu recorde pessoal na distância dos 15 km. 1 hora ; 06 minutos; 57 segundos passa a ser a minha melhor prestação nessa distância.

No próximo ano lá estarei, haja saúde!!





segunda-feira, novembro 11, 2013

Maratona do Porto -2013

Estas coisas de participarmos em corridas, desde há vários que nos fez modificar de vida e ainda bem. Em boa hora o fizemos, porque felizmente em termos de saúde só tivemos a ganhar, e foi também com a corrida que conheçemos pessoas que também como nós participam em provas e fazem da corrida a sua maneira de viver. 
Nestes contactos de amigos, despertaram-nos o interesse de ir-mos participar na Maratona do Porto. A forma como falavam da organização da Melhor Maratona de Portugal, deixavam-nos a curiosidade de estarmos ao vivo a viver essa corrida.

Em julho foi dado o primeiro passo com a inscrição e simultâneamente o esquema de treinos. Este plano que íncluia no mesmo periodo 2 maratonas no espaço de 6 semanas e 2 1/2 maratonas para o Xavier e para a Amélia o aumento do número de treinos semanais e participação em provas de 10km, depois de um longo tempo de lesão, pretendíamos de estar quase afianada para a prova Family Fun de 16km no Porto.


O desafio pessoal estava lançado e a logístisca foi tratada de forma façil. Programados os treinos foi meter os kilómetros nas pernas e dia 30 de Outubro viajarmos até Portugal. Este ano pela 3a vêz participámos em provas em Portugal ( 1/2 maratona de Almada / 1/2 maratona de São João das Lampas e Maratona do Porto). No dia 02 chegámos ao Porto, debaixo de uma chuva intensa, o que nos deixou bem desanimádos, mas atleta que se preze não liga para as condições climatéricas. Foi tratar de nos acomodarmos no Hotel, tratar de irmos ao edifício da Alfandega do Porto e levantar os dorsais. Aí foi o primeiro contacto com a realidade da organização da Maratona do Porto.Duas palavras definem aquilo que é esta organização MUITA CATEGORIA !. 

Aí também foi o momento de começarmos a encontrar muitos dos amigos, que foram "culpados" da motivação à nossa participação nestas provas no Porto. Tratamos rápidamente dos dorsais, percorremos a feira de desporto, fomos à PastaParty e fomos tentar dar uma volta pela cidade do Porto. Tentar porque a chuva era muito intensa e o dia já estava muito escuro, mas mesmo assim metemos os pés ao caminho, aliás metemos os pés na àgua que não parou de cair todo o nosso "passeio" até à zona de Sta Catarina, onde depois de comer-mos umas castanhas "quentinhas e boas" rumamos ao Hotel, sempre a pé, mas já sem chuva. Foi uma bela caminhada, para preparar as pernas para o dia seguinte. Depois foi jantar mais umas massas de muito boa qualidade, para ir dormir cedo.


No domingo dia 03 foi o grande dia. O dia em que teve 4 meses de preparação, centenas de Kilómetros, várias provas entre muitas outras coisas que aconteceram. O dia nasceu limpo de nuvens com sol, um tempo fresquinho próprio para fazer uma corrida de longa distância. Depois de um reforçado pequeno almoço, tomado bem cedo, pelas 6;45h da manhã, um ligeiro descanso, pegar nas coisas que estavam préviamente preparadas para corrida, foi só descer a rua do Hotel e lá estavamos na zona de partida. Ali encontrámos muitos dos amigos que temos vindo a conhecer nestes anos em que nos temos dedicado a praticar atletismo de estrada. Foi um bom momento, de alegria e descontração, umas fotos pelo meio, e tudo estava a postos para a partida. Eu parti no grupo da maratona logo ali a escassos metros da linha de partida, a Amélia, lá mais atraz no grupo dos participantes da corrida FamilyFun 16 km. 

Eram milhares de pessoas entre estas duas corridas e tudo estava bem organizado, de forma que quando foi dado o tiro de partida, logo naquela subida bem íngreme dava um espectáculo de cor magnífico, para quem olhava para traz ou para a frente, onde as cores dos equipamentos davam uma onda arco-iris de muita emoção. A corrida da maratona tive o cuidado de não fazer a primeira parte de forma muito forte, pois quiz fazer aquilo que é razoável e dividir a "dose" em duas partes iguais. Uma primeira parte numa ída a Matosinhos e regressar até o Castelo do Queijo foi muito bem. Na passagem de retorno encontrei a Amélia e disse-me estar a sentir-se bem.



A vista da marginal ao longo do oceano é muito motivadora de energia e dá para entrar na foz do Douro por debaixo da Ponte da Arrábida de uma forma descontraída e controlada. O rio Douro ao lado direito e o alcançe do Edifício da Alfandega já com uma temperatura mais quente dava para ter uma avaliação de cerca de 50% da corrida e com um tempo que eu estava a gostar. Nada desgastado atravesei a linda Ribeira pelas ruelas típicas e a 1a passagem no tabuleiro da Ponte D. Luis, tudo sob controle. Depois comecei a cruzar-me com os amigos que conhecemos e que são bem mais rápidos, a caminho da Afurada ao longo do Douro a admirar a linda paisagem da cidade do Porto do outro lado, onde avistava centenas de atletas que ainda vinham no outro lado. Retorno na Afurada e a sensação de tudo estava controlado a caminho do ponto crítico dos 30 km. Por volta dos 31 km apanhei  " uma boleia" de um grupo que fazia uma média idêntica à que eu ía a fazer, fui com eles pela 2a passagem no tabuleiro da D. Luis em direcção ao Freixo e retornamos juntos pelo túnel da Ribeira, e depois ao longo do rio Douro até á foz. Quando foi por volta dos 38 km deixei eles seguirem, pois aumentaram o ritmo e eu não estive interessado. 
A marginal com o oceano atlântico ao meu lado esquerdo, foi inspirador para manter um passo muito bom e preparar-me para a subida para a reta da av. da Boavista. Aí estava a Amélia para me rebocar até à meta final. Mas declinei a sua preciosa presença e ajuda porque ía a sentir-me muito forte, com um passo de corrida muito bom e sentia que ficaria dentro do objectivo que era abaixo das 4 horas. O público afunila os últimos 500 metros e incentivava todos os atletas, foi lindo de ver e sentir. A chegada em tapete vermelho foi épico. Adorei ter feito a Maratona do Porto em  3 horas 56 minutos e 25 segundos.


Entretanto encontrei de novo a Amélia, muito feliz pela corrida que fêz, depois de um longo periodo de lesões. Numa corrida que ela se sentiu muito bem e obteve um resultado excelente. Fez os 16 km em 1 hora 36 minutos e 32 segundos.

Daquilo que gostamos: da organização, da Expo Marathon, da pastaparty, do percurso,  de muitos amigos que encontramos, da festa desportiva, da chegada com tudo para apoio aos atletas, até uma tenda com uma cervejinha gelada, a garrafa comemorativa, das belas medalhas.
Do que não gostamos: foi de não haver escalão de mulheres mais de 40 / 50 anos entre outros que são importantes serem tomados em consideração futuramente.

No final da Maratona tive a oportunidade de conversar com o seu organizador principal, Jorge Teixeira e felicitá-lo pela excelente organização desta Maratona do Porto. Foi muito bom ter-mos participado na Maratona do Porto. E para os nossos amigos que tiveram connosco nesta prova, dizemos que voçês tinham razão no Porto há uma boa Maratona. Obrigado a todos, pelo excelente fim de semana de convívio desportivo e social. 

Amélia - Filipe Fidalgo - Xavier - Ana Pereira - Vitor Veloso - Fernando Andrade - Aurora Cunha ( foto A. Melro)





terça-feira, novembro 05, 2013

1/2 Maratona de Amsterdam - 2013

Em Amsterdam realizou-se no dia 20 de Novembro, a Maratona, onde incluí sempre a corrida da 1/2 Maratona. Do total de 42.000 atletas em todas as provas, 14.000 participaram na maratona, 8.000 na prova de 8 km, e cerca de 20.000 fizeram a 1/2 maratona, onde eu também participei.


Nos últimos dois anos tinha participado na Maratona e por ter outro calendário para a Maratona do Porto, dentro de duas semanas estive "impossibilitado" de participar e a 1/2 maratona era a melhor distância para participar nesta festa desportiva da cidade de Amsterdam. É uma verdadeira festa, e como tive tempo, fui antecipadamente para Amsterdam para ver as outras corridas ( maratona e 8km) e satisfazer-me de momentos de outra forma que não vemos quando estamos a participar nas provas. 

Gostei muito de ver a chegada da Maratona, onde se vê a grande diferença entre os atletas africanos e os restantes, mas o que mais me deu alegria de ver foi um momento da corrida de 8km, quando entram no estadio olimpico de Amsterdam, um grupo de 600 atletas todos vestidos de azul, que participaram na corrida para ajudar uma fundação de ajuda a crianças com cancro. Foi lindo de ver todos unidos dirigidos por uma bandeira da Fundação e entoando um hino, e sem qualquer objectivo de tempos desportivos, chegarem todos ao mesmo tempo foi emocionante, com todo o público do estádio em ovação a esta atitude.




O meu objectivo nesta 1/2 maratona era simplesmente fazê-la em bom ritmo de corrida e fazer um tempo entre a 1 hora e 40 minutos e 1 hora e 45 minutos. Fui gerindo meu ritmo a uma média que estava dentro do objectivo, e no final consegui 1 hora 42 minutos e 26 segundos. Excelente!!      

terça-feira, setembro 24, 2013

CORRIDA DA PAZ E MARATONA DA PAZ - 2013

foto Jeroen Tibbe
Sábado dia 21 de setembro, foi celebrado pelas Nações Unidas o Dia Mundial da Paz. A cidade de Haia é um marco importante e é mundialmente conhecida como a cidade da paz. Os Organismos Internacionais que existem na cidade são muitos entre Tribunais Internacionais e outros organismos onde se desta o Palácio da Paz. O mote deste evento único, teve como base a comemoração dos 100 anos do clube de atletismo HaagAtletiek e também do Palácio da Paz. O evento conseguiu trazer à cidade cerca de 8.500 participantes nas corridas de 1,5 e 2,5 km para as crianças, e ainda a de 5 e 10 km para os adultos. O percurso foi em toda a área envolvente do Palácio da Paz, entre vários parques existentes, e teve uma organização perfeita.


foto Jeroen Tibbe
A Amélia participou na corrida de 10km, depois de algum tempo ausente de provas, motivado por fatores de ordem física  e lesões que a têm infelizmente acompanhado. Depois do período de férias não havia muita condição física, a não ser os poucos treinos realizados na praia e pouco mais, e não foi encarada por ela esta corrida com um treino e convívio numa festa da corrida única. Durante o periodo  que decorreu a corrida esteve inesperadamente muito quente, muitos atletas queixavam-se disso, e a Amélia também sofreu com isso. O objetivo foi conseguido, participar e no final fêz o tempo de 1 hora 4 minutos e 49 segundos.

Domingo dia 22 no mesmo âmbito foi organizado também na cidade Haia, mas por outra organização, a Maratona da Paz. O evento tinha 3 provas, uma ultra-maratona de 68 km, a maratona e ½ maratona. Foi a primeira vez realizada, não teve muitos atletas (cerca de 900) o que foi muito bom. O lindo percurso tem uma parte citadina ( 12 km) e outra fora da cidade ( 30 km) dos quais 13 km são ao longo da praia, o que o tornou bem duro e exigente.
Fui-me preparando e mentalizando ao longo destes 3 meses para estas dificuldades, porque são locais que conheço muito bem, onde treino assiduamente e onde se têm realizado outras provas. Tinha no meu objetivo ir para fazer a prova dentro das quatro horas, e seria muito bem. A preparação das últimas 4 semanas em Portugal davam-me essa quase certeza, mas nestas coisas das maratonas, não existem certezas antecipadamente, só existem realidades no final das termos corrido.

A partida foi dada no centro de Haia, 9 horas da manhã ( bom horário) temperatura por volta dos 13 graus, mas muita humidade no ar. Lá fomos por entre a cidade, todos partimos juntos das 3 corridas, e haviam depois divisões nos percursos mais adiante. Aos 10 km estava com 55 minutos, íamos entrar na praia e tudo estava como planeado. À ½ maratona, e ainda na praia, estava por volta da 1 hora e 55 minutos, e tudo quase normal. Quase porque apesar de ter-me hidratado, e comido as preciosas bananas em todos os abastecimentos, notei que estava a perder muitos líquidos, transpirava em fio, pelo braços, pernas, o corpo estava coberto de uma camada de sal. Quando cheguei no último abastecimento na praia por volta dos 26/27 km, ingeri muitos líquidos para recuperar. Mas quando foi perto dos 30 km, levei “a martelada” e os músculos das pernas começam a doer em cada passo que dou. Reduz-se a velocidade, e muito reduzida mesmo, algumas vezes a passo, parar em todos os abastecimentos, uma vezes no ”carrinho do Armando, umas vez a pé outras andando”, outras a tentar equilibrar-me emocionalmente, para fazer os penosos últimos 12 quilómetros. Mas entre parques lindos e público ( que mesmo assim não era muito) vai ajudando à teimosia e à luta concentrada de chegar à meta. Nos últimos 2 quilometros a Amélia lá estava e literalmente “rebocou-me”  e terminei muito lento, com 4 horas 31 minutos e 33 segundos. A maratona (das 6) mais lenta que corri..!! Mas terminei-a, isso era o meu objetivo.!!


Próximo desafio : ½ maratona em Amsterdam a 20 de Outubro, a caminho da maratona do Porto dia 3 de Novembro, e a Amélia na prova de 16 km no Porto. Vamos a isto!!






https://picasaweb.google.com/105770742827824373932/Vredesloop2013?authuser=0&feat=directlink

Sfeerverslag Vredesloop from Like2Run on Vimeo.

quarta-feira, setembro 18, 2013

1/2 Maratona de São João das Lampas - 2013

Finalmente, no dia 07 de setembro, participei famosa ½ maratona de São João das Lampas (Sintra). Desde que iniciei contatos desportivos por este blogue, sempre tive o “apetite” de provar a participação nesta que é a 2ª mais velha ½ maratona realizada em Portugal, que é tão elogiada em muitos artigos dos blogues e não só . Se isto não bastasse, ainda tinha a particularidade da mesma ter como cabeça da organização, o meu amigo Fernando Andrade, homem experiente nesta coisa das corridas, e que lidera toda uma equipa de voluntários de primeira qualidade, conforme constatei.
Á famosa corrida, que muitos já carinhosamente chamam de ½ maratona de São João das Rampas, eu acrescentaria ½ maratona de São João das Rampas e dos Chuveiros. A criatividade dos organizadores vai até ao cuidadoso pormenor, de na ponta de uma mangueira, numa travessa de madeira, adaptarem um espalhador, afim de regarem quem passa na corrida. Achei isto fantástico!!.

Todo o ambiente organizativo estava muito bom. Quando chegamos a São João das Lampas, notou-se que havia uma azáfama dedicada dos organizadores, a colocarem tudo em ordem, para os atletas terem tudo  pronto na hora da corrida. E assim foi, 17 horas em ponto, foi dado o tiro de partida!! Fazia calor ainda a essa hora, mas nada de matar, o que complicou foram as famosas rampas, tão depressa se descia, mas que levavam muito tempo para subir, mas de vêz em quando uma “regadela” de chuveiro sabia muito bem. Um colega de corrida, que veio atrás de mim,  disse-me que eu não deveria de ter falhado nenhum chuveiro, e eu digo que fui a todos!!

A prova  tem um traçado, bem típico da região de Sintra, e dar aquela volta à ½ maratona é obra. Fui-me cuidando ao longo do percurso, pois como não o conhecia, não arrisquei nada, e ainda bem que o fiz, pois em certos momentos “a coisa fica complicada”!. Não sei se existe algum momento da prova que seja mais fácil, porque mesmo a descer ( que dizem que é sempre quando os santos ajudam) teria de ser com poucos entusiasmos, pois logo de seguida, vinha uma subida.

A minha corrida tinha como objetivo fazer quilômetros na preparação da Maratona de Haia, que vou participar a 22 de Setembro. O resultado final foi 1 hora 45 minutos e 32 segundos. Achei  um resultado excelente, tendo em conta as dificuldades que encontrei, e mesmo assim ter gasto 10 minutos mais do que o meu recorde pessoal, e numa fase de preparação à maratona.

Do que eu gostei : Encontrar-mos muitos amigos; conhecermos pessoalmente também muitos que só eram virtuais ( facebook); da excelente organização, mesmo com algumas ligeiras falhas aqui e acolá (conforme já foi reconhecido pela organização), para mim nota 10; Dos chuveiros, e de que maneira, e das rampas também; Do número de participantes nesta ½ maratona; Dos prémios de participação e dos brindes; Do tipo e quantidade de prémios atribuidos por escalão;

Do excelente BBQ convívio no final da corrida, estão de parabéns quem teve esta feliz iniciativa, entre os quais eu destaco ( porque conheço!, desculpem os outos) Henriqueta Solipa, Alberto, Eugénia; e gostei de no final ter ido um pouco passear pela feira/festa.

Do que eu não gostei : De não ter encontrado o meu amigo Joaquim Adelino, felizmente a Amélia esteve com ele, lembrei-me muito dele quando passei pelo tanque e do balde que não estava lá, na descida. E estávamos tão perto....Vamos falar sobre isso no Porto!!; de resto gostei de tudo.
Poderia dizer ainda muita coisa, mas o essencial fica aqui, porque foi inesquecível , esta tarde/noite para nós....!! Obrigado a toda a organização e um especial ao Fernando Andrade como o grande “mordomo” desta fantástica recepção.


Próxima prova:  Maratona de Haia 

sexta-feira, julho 19, 2013

Strandmarathon - 2013

Dois meses após a minha ultima corrida, estou de volta, e fui correr em estafeta a Maratonada Praia ( 21km cada um de nós!!). Nestes dois meses foi um período onde aconteceram várias coisas. Forcei eu mesmo uma paragem de cerca de 4 semanas, dei alguns treinos ao meu grupo onde habitualmente treino e também treinei um grupo de 22 pessoas que tenho agora ao sábado.  Fiz fisioterapia específica para tratar do problema nas costas que me vinha a atrapalhar desde outubro de 2012, e as 2 sessões semanais estão a ser muito boas para a resolução do problema. Posso quase me considerar a 100%, mas ... ainda vou esperar, e fazer mais algumas sessões de fisioterapia.

Regressei a treinos desde o dia 17 de junho, e tenho feito treinos longos com os treinos específicos semanais.Esta maratona que fui correr no dia 14 de julho, e da forma que a mesmo pode ser corrida veio numa boa altura, dado que neste período fiz uma avaliação deste tempo de paragem e de retorno aos treinos. E a minha avaliação foi muito boa.

Com o meu colega Ton de Kleef, formamos o duo, para em estafeta de cerca de 10,5 km duas vezes, fazer esta maratona, onde 35 km são em pleno areal, e os restantes 8 km são em pequenos trilhos de terra batida e pistas de bicicleta. Para nos deslocarmos de ponto de encontro e o testemunho, utilizamos a bicicleta, o que desta forma fizemos 21 km a correr e 21 km de bicicleta!!. É uma maratona com uma organização muito simples, e poucos  concorrentes ( o máximo podem ser 150 atletas), foram cerca de 80 que participaram. Pode ser feita individual ou em estafetas de 2, 3 , ou 4 pessoas. A partida é dada, pelas 16,30 h  junto ao clube organizador, no cimo de um viaduto numa pista de bicicletas, através de um apito sonoro, e aí vai todo o grupo, seguido dos seus colegas e apoiantes em bicicleta. Então é bem descontraído participar em algo assim.

Combinámos que o  primeiro percurso seria do meu colega e eu segui de bicicleta até ao primeiro ponto de  encontro. Na praia de Wassenaar lá estava eu a esperar pelo colega, mas não levou muito minutos e comecei a avistá-lo, entre os 10 primeiros mais ou menos. Lá foi a minha vez e comecei com um ritmo cauteloso, para ver as primeiros reações à praia. Corri com os meus sapatos FiveFingers, e senti-me muito bem até ao meu terceiro km, quando já tinha ultrapassado dois ateltas. Forcei o andamento, e pela beira da praia, com a areia rija mesmo junto à água, com música nos meus phones, fui lançando um “ataque” aos outros atletas da frente. Passei mais dois ou três até que cheguei à praia de Noordwijk, local de retorno e contei estar em 5º lugar.

Aqui aconteceu algo me deixou desolado. Quando chego ao local para trocar com o meu colega, ele não estava lá. Deram-lhe outra indicação errada do local e perdeu-se e tive quase de esperar 5 minutos e lá veio ele. Depois deste episódio ele seguiu e eu arranjei as coisas na bicicleta e retomei a pista de novo para retornar a Wassenaar. De bicicleta fiz  de novo 10 km de retorno, por uma paisagem fantástica!

Lá estava eu de novo em Wassenaar, a esperar pelo meu colega, que neste percurso, perdeu algum tempo, pois a maré já estava a ficar alta e aumentaram as dificuldades para ele. Comi uma banana, gel, e isotônico e mais tarde lá veio ele. Maré cheia, areia solta, mesmo onde as pequenas ondas morrem na areia, existem muitas cascas de berbigão e torna ligeiramente mais dura areia, era mesmo por aí que eu corri. Como já eram cerca das 20;00 horas,  estava o sol a por-se entre as nuvens, praticamente ninguém na praia, então era uma sensação optima para correr.  
Os primeiros 6,5 km do percurso sempre avistei outro atleta muito longe, mas fui-me aproximando dele e consegui ultrapassa-lo antes da saída da praia que mesmo pela areia solta fiz em passo de corrida. Faltavam cerca de 4km e entretanto o meu colega Ton, estava nos trilhos de bicicleta e acompanhou-me. Esse trajecto fiz em ritmo muito elevado a tentar recuperar algum tempo perdido na nossa troca em Noordwijk. Quando cheguei à meta final o relógio tinha 3 horas 58 minutos e 37 segundos. Maravilha!!

Foram chegando lentamente os outros concorrentes junto do clube organizador. Depois do retemperado banho, cá fora nas mesas foi fornecido um prato de esparguete e carne aos atletas, que apoiavam os atletas mais lentos conforme iam chegando. Lindo!!


O nosso tempo deu-nos o 6º lugar na estafeta, entre 13 equipas. No total fomos os 13º a chegar à meta, o que considero excelente. O prémio de participação uma linda shirt funcional de cor preta.

Estou satisfeito de ter feito esta maratona em estafeta e na praia. Uma experiência muito boa e que quero repetir.




Próxima prova : DIA 7 DE SETEMBRO - MEIA MARATONA DE S. JOÃO DAS LAMPAS (PORTUGAL)




domingo, junho 09, 2013

ROPARUN 2013

ROPARUN – UMA AVENTURA PARA A VIDA!!



Este ano o Roparun, foi entre Hamburgo e Roterdão (566 km), mas com o mesmo objetivo de sempre. Com a corrida angariar fundos para a luta do cancro.
Eu já vou na minha 3ª participação, num sonho que começou em 2010, quando conversei com outros colegas, que durante anos tinham participado e contaram-me histórias fascinantes desta corrida solidária.
A Fundação Roparun já angariou muitos milhões de euros ( desde 1992 até 2012 foram quase 52 milhões!!), e aplica-os diretamente em projectos próprios bem concebidos e com muita transparência. Assim dá gosto de colaborar, porque sabemos que o empenho desportivo resulta diretamente nos projectos.

A minha equipa temos arrecadado cada ano por volta de 25 a 35 mil euros, o que este ano de 2013, mesmo em ano de “vacas magras”, vai ficar por volta desse número. Dia 07 de junho será conhecido o valor real deste ano.
A organização cada ano tem mais equipas interessadas em participar, mas a capacidade tem estado limitada a 275. Mas o ano passado fizeram uma experiência em partir 50 equipas de Hamburgo e 275 de Paris. Este ano alargaram a possibilidade de partirem de Hamburgo 100 equipas e 275 de Paris.
A nossa corrida, tinha este ano, dois grandes desafios, para além dos objetivos que atrás falei. Era o partir de Hamburgo (566km) e não de Paris ( 520km), e um percurso todo novo e toda uma organização logística nova, e outro aspecto era como funcionaria a equipa com 2 elementos novos, com a inclusão de um desses elementos ser feminino. Cautelosamente a equipa forneceu uma média de corrida de 12,1 km/h contra os 13,4  e 13,0 de anos anteriores. Uma maior distância havia mesmo que ver como as coisas iriam correr.

A nossa ROPARUN

A viagem iniciou-se na 6ª feira dia 17 ao fim do dia. Foram 23 elementos,  sim!! porque não existe só os (8) que correm e (4) que acompanham de bicicleta, existem os massagistas(3), os condutores das carrinhas (4),os apoiantes da equipa (2) os ajudantes de logística, comidas e transporte de tudo(2). A nossa equipa fomos pernoitar numa escola básica em Bremen. Um ginásio bem apetrechado, mas a sinfonia dos dorminhocos começou bem pela 1 da manhã. Maravilha dormir em grupo!!! Hahaha
No sábado tínhamos uma viagem curta, até ao nosso primeiro ponto de apoio. Zeven, uma pequena localidade a cerca de 80 km de Hamburgo. O quartel dos bombeiros voluntários locais foi o nosso local de apoio. Podemo-nos preparar para o 1º embate, comer, descansar, massagens, e pelas 15 horas lá fomos os elementos do nosso Team A, para o ponto de partida em Hamburgo. Heiligengeistfield , um campo bem na zona central de Hamburgo era onde estava montada a linha de partida, e a nossa equipa seria às 17;37 h, pois já desde as 12;00 h haviam equipas mais lentas a partir, e a última seria só por volta das 23;00 h.




O primeiro trajecto - O tempo estava chuvoso e nada agradável, mas a festa estava muito boa com a partida das equipas. Sim porque é uma festa a partida de 2 ou 3 ou 4 equipas! No momento, que os meus dois colegas partiram acompanhados dos colegas ciclistas acompanhantes, a chuva era intensa, forte e muito desagradável. Mas lá foram eles, e nós corremos para a carrinha, pois cerca de 14 km mais à frente tinha de entrar em acção !! E assim foi, felizmente com menos chuva entrei eu na aventura que passou por alguns bairros já fora de Hamburgo e começamos a entrar nos campos. Maravilha de sobe e desce, um ritmo fantástico, muitas vezes por volta dos 15 km/h e a chuva dissipou-se felizmente.  Fizemos ambos ( eu o meu colega) 15 km trocando a cada 1km. Bom ritmo e muita alegria de fazer esta corrida.
Eram cerca de 9 horas da noite, aconteceu o nosso primeiro episódio. Nessa altura era uma zona em que não podemos ser acompanhados pelas carrinhas e então há que fazer um dos que correm vai de bicicleta, e trocando  a cada km e só vai um dos ciclistas acompanhantes. Há, esqueci-me de dizer!, que os nossos ciclistas acompanhantes estão munidos de gps na bicicleta, que é bem melhor do que o sistema de folhas de mapa.
Bom, mas durante uns 4 ou 5 km, entramos nuns campos de depois num bosque e já era meio escuro, e fomos trocando e correndo, e o nosso acompanhante, teve uma ligeira quebra nas pernas, pois o piso era mais apropriado para fazer Trail, Cross, do que utilizar uma pasteleira normal. Ele disse vão andando que eu já os apanho,!! Ok vamos andando, porque logo de seguida iriamos entregar o testemunho ao Team B, e a nossa tarefa estava pronta nesse momento. Mas dou-me uns quase dois km à frente, que o nosso companheiro tinha ficado bem para trás, e já não o víamos por ser longe, noite e dentro de um bosque. Disse para o meu colega, entregar o testemunho ao team B, que estavam ali a 300 metros, pois eu via as luzes das carrinhas, e regressei eu de bicicleta à procura do colega ciclista. Ele não vinha e eu andando mais dentro do bosque e gritando o nome dele e o Jerry não dizia nada. Até que muito longo avisto o casaco de pirilampos vermelhos piscando e lá vinha o Jerry, que tinha tido uma quebra muscular e não dava para pedalar no meio daquele terreno. Fui busca-lo a mais de 1.500 metros dentro do bosque, e lá resolvemos o assunto. Todos diziam Viva o Roparun!!, e é assim mesmo é uma corrida que se não tiver histórias e enganos não é tão apreciada!!.
Voltamos a Zeven e fomos recompor esforços da nossa primeira investida, pois os primeiros 60 km estavam feitos. Duche quentinho, massagem, uma esparguete quentinha, e tentar dormir. Mas o Holandeses estavam empolgados e queriam ver o festival da canção, a representante da Holanda, dava finalmente chances a uma boa classificação com a Anouk numa boa melodia. E não deu para dormir nada, nem a Anouk venceu!, mas ficou bem classificada. E nós lá para as 2;30H da manhã tínhamos que ir render os colegas do Team B, já em Bremen.  

O segundo trajecto – Foi feito na região e cidade de Bremen, madrugada dentro, e os Alemães a não perceberem nada do que se estava a passar. Víamos na cara deles, verem dois ciclistas e um alteta a correr no meio, de vez em quando aplaudiam, os jovens que andavam nas noitadas, ou algumas buzinadelas de automóveis, mesmo que fosse de madrugada. Fiz em bom ritmo, ainda estava bem fresquinho e correu tudo normal, até às 6 horas da manhã, quando entregamos o testemunho aos colegas do Team B. Nós íamos para a localidade de Friesoythe, para mais um quartel de bombeiros voluntários locais.


 Aí veio um novo episódio deste Roparun. Chegámos pelas 6 horas da manhã ao local e para nossa surpresa haviam 4 pessoas dos bombeiros voluntários, com um pequeno almoço pronto, com café, pão ,sumos , pequenas sandwiches, foi uma bela surpresa aquela hora da manhã, para quem tinha muitos quilômetros já nas pernas. Depois o chefe do quartel, enquanto confraternizávamos com eles deu um pequeno discurso, e ofereceu em nome do presidente da câmara local, um envelope, com 100 euros, para a nossa campanha de angariação de fundos. Fantásticos estes bombeiros alemães. Ali descansamos um pouco, massagem, banho e prontos para seguir na próxima etapa. Já muito perto da fronteira Holanda/Alemanha.


O terceiro trajecto – Este seria um trajecto em que íriamos entrar na fronteira da Holanda.As planícies eram longas as aldeias distanciavam umas das outras e a paisagem era muito bonita.Estavamos a meio da manhã e dormir foi coisa que não aconteceu na última paragem. Estavamos massajados de fresco e prometia uma boa velocidade de corrida, o que veio a acontecer. Este trajecto marcou-me especialmente, pois por casualidade fui eu que passei a fronteira e logo em seguida passei o testemunho aos colegas do outro team. E nós fomos para o nosso 3º quartel de bombeiros, com direito a um excelente banho quente, deu para barbear, massajar, comer uma bela esparguete bem quentinha, regada com duas coca-colas, e dormir (finalmente!!) num local que estava escurecido, e que a nossa equipa de logística preparou com todo o cuidado. Era necessário, já estavamos com 24 horas de corrida, mais de 50% do percurso, e o corpo estava a desejar um reconforto.



O quarto trajecto – Fazer uma corrida na província de Drente foi algo que eu nunca tinha imaginado na vida!!. Os campos são lindos, as aldeias com umas casas mágníficas, onde os beirados dos telhados quase rasam o chão. Andamos por aldeias e campos agrícolas e por estradões de terrenos arenosos. Que maravilha!! Eu sentia-me bem, o meu colega estava a começar a dar algumas quebras. Especialmente quando tínha de iniciar os  trechos de corrida dele. Mas eu compensava, com a minha melhor velocidade. E já chegamos no final do dia perto de Almelo, onde havia a primeira grande festa, mas que seriam os colegas do outro team que íam ter esse previlégio de passar pelo meio de milhares de pessoas entusiasmadas e muitos grupo de música. Nós também lá passamos mas só para provar esse “cheirinho”de festa. Almelo foi o nosso acampamento. Fizemos um belo pique-nique, não haviam duches quentinhos, mas havia um enorme local para (tentar) dormir. E a partida para o nosso team estava programado, para a 01 da manhã para irmos render os nosso colegas, lá mais à frente.



O quinto trajecto – Antes da localidade de Apeldoorn, fomos substituir os colegas do outro team. Aí subiu-me um pouco a andrenalina, mesmo sem ter dormido, eram cerca de 02 da manhã, e eu imaginei passar nos bosques daquela região, onde já fiz várias provas (de 30 km) e adoro muito aquele ambiente. Aqui já encontrávamos muitas equipas, que foram por nós ultrapassadas, e de vêz em quando uma ou outra nos ultrapassava. Mas por saldo, era posítivo a nosso favor. Então foram muitos kilómetros, no silêncio da noite, numa Estrada nacional que atravessa todo aquele imenso bosque onde só as vozes dos atletas das equipas e darem sinal aos colegas, se ouviam. Era uma espectáculo de casacos iluminados com milhares de luzinhas vermelhas em forma de pirilampos . Que sensação fantástica. Eu fiz esta parte da corrida com muito entusiasmo, cheguei a fazer media de 14 km/h em muitos momentos!! A madrugada levou-nos por locais muito silenciosos e os passarinhos cantavam de alegria ao se aperceberem da nossa passagem. Que coisa maravilhosa.
Havia uma nova surpresa para nós. Fomos descansar para a localidade de Gorinchem. Para nossa surpresa, a team-captain, tinha tratado deste local mas deixou em segredo. Quando chegámos eram 6 horas da manhã num escola de desporto ( ginásio), com tudo à nossa disposição, sauna, duches, bicicletas de manutenção, local para descontração, com poltronas especiais. Formidável. Que veio mesmo na altura ideal. Já estavamos na 2a noite de competição, os massagistas já me tinham colocado vários “remendos” para me ajudarem nos músculos. Então foi mesmo a tempo este descanso, que até deu mesmo para dormer, cerca de 1 hora e meia…Wauuu!!  



O sexto trajecto – Este trajecto já começava a “cheirar” a Rotterdam. Iria ser muito longo, pois seria logo seguido do trajecto conjunto com todos os elementos do team. Mas as aldeias holandesas nesta região são lindas, típicas e de gentes muito simples. As explorações agricolas bem típicas com muitas vacas nos campos, o cheiro de estrume. Maravilha!! Um grupo de jovens, tomaram a iniciativa de fazem uma passagem simbólica na aldeia de Goudrian, com arcos alegóricos e tudo! Por casualidade fui eu que tive o previlégio de passar no meio daquela centena de jovens, com muita música e ainda dancei com eles e tudo!!....Arrepiante este entusiasmo e apoio!


O sétimo trajecto – A 35 km de Roterdão juntamos os dois Team’s (A e B), conforme manda o regulamento. Nessa altura teremos de fazer 7 com bicicleta e um vai correndo. A partir daí não é possível ter apoio de carros ou qualquer outro, mas a festa durante estes 35 km é grande. Barendrecht tem várias bandas de música, o presidente da câmara forma um palanque , para as equipas passarem por cima, e são ovacionadas por milhares de pessoas. É o ambiente do Roparun, onde neste trajecto todas as equipas, se juntam nos últimos kilómetros e dão um ambiente fantástico pelos locais onde passam. Aí a nossa velocidade é grande, trocamos a cada 500 metros, e “galgamos” aqueles kilómetros com ultrapassagem de muitas equipas. Aqui juntam-se as equipas que vêm de Hamburgo, com as que vêm de Paris.
Roterdão é uma cidade em festa, com milhares de atletas, mas infelizmente chovia e a festa não teve tanto brilho. No entanto uma ovação final muito bonita, para com todos que fizeram centenas de kilómetros é arrepiante. 





Em termos desportivos a nossa equipa concluíu os 566 km em 45 horas, 41 minutos e 24 segundos. Fizemos uma velocidade média de 12,4 km/h e fomos 11º entre 93 equipas que partiram de Hamburgo. Em termos monetários a nossa equipa conseguiu arrecadar 20 mil euros para a esta acção. O Roparun este ano conseguiu arrecadar 5, 5 milhões de euros. A luta contra o cancro continua, e o Roparun para o ano de 2014, se tiver saúde vai ser de novo uma realidade.




domingo, maio 05, 2013

Meia Maratona de Almada e a visita Luso-Holandesa


No final de 2012, idealizamos fazer um “estágio” em Portugal, com um grupo dos nossos colegas do AV SPARTA. Nestas coisas são necessarios alguns meses de antecedência organizativa, porque depende os dias de férias e ter tempo a que sejam marcadas viagens, em função da disponibilidade de um grupo e assim chegamos ao acordo da data de 24 a 30 de Abril.

Depois deste passo, organizativo, foi a vez de ser elaborado um programa de actividades para estes dias. Numa pesquisa nos sites desportivos apareceu a data de 28 de Abril a 1a Meia Maratona de Almada, e claro foi de emediato a escolhida sem qualquer outra opção.
Chegamos a Portugal, no dia 24 de Abril com mais 8 colegas Holandeses, onde quase nenhum deles conhecia Portugal, a não ser dois conheciam o Algrave e dois só a cidade de Lisboa. E fomos direitinho para a região saloia ( Torres Vedras), onde montamos o nosso “Quartel General”.

Para quem não conhece a região, ficam encantados, pois temos de tudo. Eles nem imaginavam.
Torres Vedras/Óbidos/Peniche/Mafra/ Ericeira/Sintra/Lisboa/Sesimbra, foram as nossas visitas turisticas.
Santa Cruz/ Marrocos, Serra da Vila e Ribeira de Pedrulhos/Almada, foram as actividades desportivas. O Páteo do Faustino/Severianos/Um BBQ em Runa (nossa aldeia)/O Gordo/ Uma peixada em Sesimbra, foram os locais gastronómicos.

Dia 28 foi levantar bem cedinho rumo a Almada, onde chegamos por volta das 8:45, para o encontro marcado com a Henriqueta Solipa e muitos amigos do Portugal Running. Depois das formalidades da obtenção dos dorsais, que foi rápida, houve tempo para encontrar um conjunto de amigos, alguns que só conhecíamos através dos blogs ou Facebook. Foi uma loucura, antes da partida, com todos trocamos momentos bem agradáveis. Foram tantos que decerto corro o risco de faltar com algum deles, mas arrisco, foi para além da Henriqueta Solipa o Carlos ( Carlex), a Gilia Morais, o Nuno Sentieiro o Abilisio Fernandes.
 Já na partida encontro o Vitor Veloso, o primo Filipe Fidalgo, e a Ana Pereira. Os meus colegas, estavam admirados de como é possível obter-se tantos amigos que fazem o mesmo desporto, e que são partilhados pela onda dos “Social Media”.

Durante a corrida, foi ainda a Isabel Almeida a fazer fotos, o Pedro Carvalho, e no retorno o Fabio Pio Dias.  Os kilómetros foram passando o calor fêz-se sentir, mas a organização estava bem preparada, e tinha de tudo para os atletas, e em locais bem identificados. Mas as dificuldades do traçado do percurso por volta dos 11 km começou a fazer moça, para quem está “mal” habituado às planicies Holandesas. Mas foi meter o dente cerrado e seguir em frente, e chegar à meta final com o tempo real de 1:39:54 .

Depois vieram ainda mais amigos ao nosso encontro, o António Almeida, o João Lima, o pai da Ana Pereira, entre muitos outros. Os nossos colegas estavam muito satisfeitos  de terem participado nesta prova.
A Amélia, depois de quase 6 meses com problemas da Fáscites Plantaris, participou na prova de 9,5 km e esteve muito bem, pois quase sem treinar, terminou a prova com o tempo real de 1:00:06. Os restantes colegas do AV SPARTA tiveram também boas participações e ficaram com uma boa impressão da organização.

Mas de facto, existem aspectos que podem ser melhorados, como por exemplo no ínicio durante a  partida, passavam autocarros, que com milhares de pessoas davam um ambiente caótico junto da partida, sendo perigoso. A chegada junto à meta, caminheiros com atletas a correr, desculpem mas  a combinação não dá certo. Os caminheiros, com as famílias completas, com criânças e os carrinhos de bébé, tudo misturado, dá obstrução e uma imagem de grande desorganização desportiva. A caminhada poderia terminar, num outro local mesmo na grande avenida, já que uma parte estava cortada ao trânsito.

Depois da corrida, fomos fazer uma visita ao Cristo-Rei e tomar-mos a Estrada com direcção a Sesimbra, onde terminámos o dia com um passeio à beira-mar e com um excelente almoço-ajantarado , num dos restaurantes da marginal.

Em resumo, foi um dia inesquecível..!! A próxima em Portugal será a ½ maratona de São João das Lampas em Setembro. E aqui na Holanda será a corrida ROPARUN, dias 18 a 20 de maio, mas desta  vêz a minha equipa vai partir em Hamburgo ( serão quase 600 km em estafeta).





segunda-feira, abril 22, 2013

MARATONA DE ROTERDÃO - 2013

A Maratona de Roterdão do dia 14 de Abril, foi a minha 5a Maratona, em dois anos. Isto para quem nunca na vida sonhou em fazer uma só que fosse, é algo muito especial. Esta foi a 3ª vêz que fiz Roterdão, e é sempre com milhares de pessoas ao longo de percurso( este ano foi cerca de 1 milhão de pessoas na rua), que entusiasticamente aplaudem os atletas, que fazem esta prova ( este ano foram 12.500 !!).

Depois de cerca de 3 semanas com problemas nas costas, e de várias visitas ao terapeuta, a decisão de última hora de participar, foi tomada com muita cautela, tendo como objetivo principal tentar terminar a maratona, e assim que a dor fosse exagerada, reduzir o passo e não entrar nunca em algo que fosse excedente. Para mim teria sido complicado, ter deixado de participar, sabendo que havia um dia solarengo, festivo e desportivamente muito especial. Fui para esta maratona, para suplantar psicologicamente aquilo que me afetou fisicamente nas últimas semanas. 

A coisa correu toda muito bem, até ao km 25, onde o ritmo de 26:30 por cada 5 km, era algo que eu não esperava. Durante esse período do percurso, encontrei duas atletas portuguesas que vieram fazer esta prova, que eram do Clube do Stress. Conversamos durante vários quilômetros e foi bom ter aquela descontração que me ajudou bastante.

Comecei a sentir as complicações, quando estava perto dos 29 km e aí retomei um passo mais lento, e fui entre trotear e alguns momentos de caminhar que fui fazendo os km até ao km 36. Ui se custou, mas nunca passando da dor nem de exagerar muito, lá fui andando , “no carrinho do Armando...uns pedaços caminhando, outros andando!!” A festa era fantástica, muita gente, muita música, milhares de atletas na rua, e na ponta final “os teimosos”a terem problemas com a temperatura que rondava os 20 graus.

Antes dos 36 km lá estava a Amélia, conforme tínhamos combinado, depois de vários telefonemas dela para saber da minha condição. Ela entrou na corrida e foi-me rebocando, nos últimos km’s , esta era tarefa que nos tínhamos proposto, que não é muito de ética desportiva, mas valeu pelo valor de cuidado que ela sofre também, pois sabe que o meu objetivo era terminar esta maratona. E lá fomos até à linha de chegada, onde terminei com o meu pior tempo de todas as maratonas 4 horas 22 minutos e 38 segundos. Mas fiquei muito feliz de ter chegado à meta final com a companhia da Amélia.

A próxima corrida já está marcada, será  dia 28 de Abril em Almada na ½ maratona , com um grupo de nossos colegas do AV SPARTA. 



quarta-feira, março 27, 2013

Brielle - 30 km



Brielle é um local fantástico para fazer uma corrida de longa distância. Já lá tinha estado em dois anos anteriores e este ano, tinha boas expectativas para esta corrida de 30 km. São só algumas dezenas de atletas  que participam nas várias distâncias ( 1 e 2 km para os mais jovens e ainda 5, 10, 25 e 30 km para os mais adultos), no total o máximo foram 200 atletas, nesta corrida organizada pelo clube de atletismo local.


Ainda no sábado, a maldita dor na região do quadril, fez sinal de presença e fiquei limitado todo o dia e quase que tomei a decisão de não ir participar nesta corrida no domingo. Mas, mais umas pomadas e uns anti-inflamatórios e fui tentar no domingo de manhã.
Fui com mais duas colegas, que também estão a preparar a participação na Maratona de Roterdão, e elas ficaram surpreendidas de eu estar assim de novo e se eu estava apto a participar. A minha ideia era ver como me sentia durante o aquecimento, depois no inicio da corrida e se fosse caso de haver muita dor, simplesmente desistia. Só que para desistir teria que ser no máximo até aos 10 km, porque depois já estaríamos muito distantes para tomar decisões, e no outro lado do lago, seria complicado regressar.

Bom deu-se a partida e lá fui eu em passo lento, 5:10 / 5:15, para ver como iria reagir. Estava um frio, mas frio a sério ( -3 graus), com muito vento forte onde a sensação térmica era de -15 graus. Uii!! Eu estava com os músculos quentes e a sentir-me bem, as minhas colegas iam lá na frente e eu cá atrás até por volta do 3º km estava tudo bem e aumentei o ritmo e aproximei-me delas e coloquei-me com aquela que ía mais à frente agora num ritmo de  4:55 / 5:00, óptimo!!. Não me estava a doer nada, nem parecia a mesma pessoa de sábado e lá fomos, 10...15... 17 km tudo bem, por volta dos 18 uma ligeira dor, mas nada de preocupante e fui para um andamento mais lento, deixei a primeira colega ir no ritmo dela e passou-me a outra colega e viram que eu estava a tentar reorganizar-me, e assim fui até por volta dos 20 km, mas a dor começou a aumentar o ritmo a baixar, o vento forte e gélido a incomodar muito, e as pernas a não quererem  nada de nada. Fui fazendo o resto em ritmo de trote, e a lembrar-me do mesmo que me tinha acontecido na Maratona de Amsterdam .  


Desistir nunca esteve no meu pensamento, mas que esteve complicado esteve. Mas foi uma luta contra todos os elementos nos 10 km finais, vento frontal muito gélido a dor muito incomodativa, a solidão, os mais lentos a passarem por mim. Enfim terminei com 2 horas 53 minutos 18 segundos.

Conclusão, mais umas visitas ao terapeuta, para tentar repor tudo de novo no sítio. Treinar nada esta semana, recuperar, para ver se na semana que vem, existe uma evolução nos treinos lentos. 

Para Roterdão faltam 3 semanas!!!!


Descobri hoje que o meu problema é : Inflamação da Articulação Sacroiliaca


sexta-feira, março 15, 2013

City Pier City - 2013


A minha 17ª Meia Maratona foi simultânemente  a minha 8ª CPC ( ou seja City Pier City a ½ maratona de Haia). Não são muitas ½ maratonas, mas elas têm um significado e um carinho muito especial para mim, foi o meu primeiro desafio em termos de corrida e aquele que me marcou para sempre no atletismo.
Foram pessoalmente complicados os dias anteriores a esta ½ maratona, 2 semanas antes apareceu uma gripe, mas também já vinha há dias a agravar-se o velho problema nas  costas e tive de recorrer a uma terapia manual ortopédica, que teve uma recuperação a tempo de participar, mas foi dolorosa. Depois a pior de todas as dificuldades foi a morte de uma amiga jovem de 23 anos, doente de cancro, dias antes deste CPC.  
  
Este ano tínhamos a esperânça da participação da Amélia, dado que o ano passado ela esteve incapacitada para participar, com o problema da Fáscite Plantaris. Acontece que em dezembro passado, o problema da Fáscite Plantar passou agora para o outro pé ( primeiro foi o esquerdo, depois o pé direito). Após algumas sessões de ondas de choque, vimos que a ½ maratona não poderia ser  realizada, e trocamos o plano para a distância de 10km, neste mesmo dia. Tudo estava a correr como previsto e durante um treino a poucas semanas, o problema agravou-se e com tão pouco tempo para recuperar, deitou-se por terra a participação, nesta festa desportiva, que este ano reuniu nas várias distâncias 35.000 atletas ( a correr mesmo!!).

Um dia muito gélido, com muito vento, neve e nem um raio de sol, tornou este CPC um dos mais desconfortáveis das 39 edições já realizadas. 

A festa desportiva não deixou de se realizar, mas os participantes, queixavam-se mais das condições climatéricas do que do esforço despendido nas provas desportivas.

Esta  ½ maratona foi desportivamente para mim, mais um teste à preparação da Maratona de Roterdão a 14 de abril. Apesar de todas as dificulades, senti-me bem, especialmente entre os 15 e 20 km, onde a passagem pelo boulevard de Scheveningen ( praia), tinha as piores condições climatéricas que já referenciei, e mesmo perdendo alguns segundos no meu ritmo, ultrapassei aquele obstáculo e não me fez muito desgaste físico.

No que é respeitante ao números e resultados foram 8203 os participantes ( só na ½ maratona) que chegaram ao final, tive a classificação 1086 na geral e na categoria ( Homens 50 anos) fui o 59º entre   715 que se classificaram a uma media de  13,199 km/h . O meu tempo foi de 1 hora 35 minutos e 54 segundos ( ou seja 1 minuto mais lento do que em 2012).

Venham agora, dia 24 de março, os 30 km de Briele.



#CPC13 Sfeerverslag ABN AMRO CPC Loop Den Haag from Like2Run on Vimeo.